terça-feira, 3 de agosto de 2010

- Tudo foi por água abaixo


E de repente as respostas e verdades vieram a tona. As mentiras foram do nada reveladas e as justificativas? O tempo foi curto o suficiente para pensar em alguma que me convencesse.
Você já não pode saber quem de fato és. Foram tantas personalidades não? E qual é essa agora? Será aquela
que tu usastes a pouco tempo atrás com aquele olhar que dizias sincero pra mim convencer?
Esquece, não sou mais aquela toscas que conhecestes, falei que iria mudar ou esquecestes?
Agora as coisas são como eu quero, e não é aquele olhar de dizias sincero que me enganara outra vez.
Foi tudo por água abaixo. Os planos, as confissões, os telefonemas, as mensagens, o carinho, a confiança, o bem querer, a cumplicidade, as noites acordadas na sala, no quarto planejando o futuro, os abraços, as promessas, os olhares, as descobertas, as pazes, as saídas, as aulas filadas, o dia de chuva, os dias na praia, as fugas, os sovertes, as cartas, os filmes, os trabalhos de escola, as fotos, as declarações, o pra sempre que foi desistido La na frente, cansado na metade, as brigas, e a única que não tivemos nos separou.
Tudo se perdeu entre os espinhos que cresceram. Tudo foi um sonho em vão e desfloraram-se. Os planos dissiparam-se na madrugada de fevereiro entre as verdades vivas e velozes. As verdades que agora sangram
em vasos decadentes.
- E onde estão aquelas farsas que me faziam acreditar?
Agora anda esquecida fora e dentro de mim e hoje ignoro ao vê-las. Agora acabou. O fim do fogo que alimentava nossas vidas. E no fim de um tudo se dissipou.
E procuro nos espelhos, nos álbuns, nos retratos, em cartas, sobre aquelas mesmas palavras que sei de co. A verdade escondida, que parece eternamente murmurada. E uma voz em mim sentida. Atrás da parede, atrás de um quarto. Lágrimas que eram a vida, a nossa vida. Nisto, decidida penso que posso acabar logo com tudo isso. Ignorar e esquecer do dia em que meu mundo desabou. Não lembras? Afinal, não estavas aqui. Tudo aquilo que juntas sonhamos, lutamos e superamos, voou a memória da minha fronte.
Um dia será tarde para reconhecer ou será que já o é agora?
Minha alma já implorou por algo que acabou. Porque tu quisestes e tudo mudou. Estou farta de ser a tosca que conhecestes. Não adianta vir com esse olhar e essas palavras que sei de co, pois não me enganara outra vez. Seu plano era me machucar? Conseguiu. Mas não conseguirá outra vez.
Talvez um dia... Quem sabe, talvez tudo volte a ser igual. Mas neste momento não quero ouvir falar de ti. Quero estar sem você e tratar de mim. Vou esquecer do dia em que minha vida desabou e você nem pra mim olhou.
Mas não esqueças em momento algum que foi uma pessoa que eu muito amei e que lutei para que lágrimas não descesse sobre tua face e molhasse meu peito. Siga bem a sua vida, entre você eu jamais estarei. Me divorcio. É melhor que sejas assim.
Fecho os olhos... por te e por mim...
A nossa amizade vai em minha alma. Foi eterna enquanto existiu. Fiquei melhor e mais calma. Mas a tua ingratidão me fizera sangrar. Minha alma sangra mais ainda quando leio as cartas que ainda tenho. Até valeu a pena viver tudo aquilo que hoje não existe mais. Era uma amizade pura, surreal, era a mais linda verdade. Ainda lembro...
Mas hoje tudo aquilo parece ter perdido seu verdadeiro sentido. É o fim da longa estrada. O apito final. Pronto é o fim do jogo.


By: Gabriella Christian

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