terça-feira, 3 de agosto de 2010

- Se,





'' Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece ofim,
quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer,
carta esquecida numa gaveta, presentes jogados na cadeira,
uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente
possa olhar e sorrir, mesmo sem saber o porquê.
Melhor do que não sobrar nada,
e que esse nada seja áspero como um tempo perdido''

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