Confesso que sinto falta de algo, só não sei exatamente de que. Não fico pensando no que não tenho e sim no que tenho, acho isso mais importante e até mais justo. Mas sei que algo não esta em seu devido lugar, talvez eu sinta falta de algo ou talvez não, enfim, é só mesmo um pobre talvez. Logo penso que possa ser um temida insegurança, tola?É, quem sabe... É cruciante quando lágrimas querem percorrer sobre a minha face e no entanto tenho que manter um sorriso convincente, uma postura que se adeque aos amigo, aos familiares, a pessoa amada... com isso sinto no fundo da alma como se eu morresse aos poucos. Então coloco as mãos sobre o meu peito e sinto ele bater mais rápido e mais lento ao mesmo tempo, mas agora o sinto bater só mais lento. Pensando bem o problema deve ser comigo, com o meu eu, penso então que eu poderia gastar todo o meu dinheiro e comprar um lote em um condomínio em Marte, pode até ser caro mas pagaria o que fosse. Um lugar longe sem contato com os tolos e hipócritas, seria tudo sensacional só eu e a imaginação. Ah Marte se pudesse eu apreciar-te, se ao menos passasse férias contigo nós cantaríamos Rock Roll dos anos 60, dançaríamos Tango, Lago do Cisne... Aproveitaríamos tudo ao máximo, gritaríamos até Júpiter e Saturno mandar parar um pouco por causa do Mercúrio. Quem sabe pudesse até me apresentar a Urano mas escondidinho de Vênus e Netuno já que a Terra eu conheço muito bem. Ah Marte como você me ajudaria a esquecer essa Terra impregnada de caras falsas e aparência perdida em tanta hipocrisia, se eu fosse te visitar iria esquecer um pouco essa angustia que as vezes bate no meu peito, eu iria ter uma conversa séria e longa com meu EU. Ah Marte, deixa eu passar as férias ai contigo, eu preciso tanto, tanto. By: Gabriella Christian'
